sexta-feira, 18 de março de 2011

HUMANOS


Condorcet Aranha
                                             
Quem sabe até, pudesse eu encontrar,
Entre as virtudes que, o homem, tem,
Poucas verdades, para acreditar,
Entre as mentiras que com ele vem.

Quem sabe até, vivesse com justiça,
Entre as ossadas, sobras de uma guerra,
Onde urubus em busca de carniça,
Deixam dejetos, pútridos, na terra.

Restos mortais que nem adubam o chão.
Matéria inútil a poluir os mundos,
Emporcalhando a sociedade em vão.
Peitos impunes, corações imundos.

Sobras de vidas, sem razão de ser,
Que entre mentiras se fizeram amar,
Também traíram em busca de lazer,
Acreditando, até feliz estar.

Alimentaram-se do sofrer alheio,
Das ilusões em busca da vitória.
Receberão a surra do arreio,
Sem piedade, no mural da história.

Não vou julgar ao homem, nem o eu,
Nem vou mentir a ele, nem a mim,
Mas questiona-lo é direito meu,
Porque o mundo é quem me fez assim.

Deixo lembranças por instantes, só!
Carrego a alma com felicidade?
Pois se o meu corpo, se reduz a pó!
Porque meus atos são p’ra eternidade?

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