quarta-feira, 9 de março de 2011

FLOR



Condorcet Aranha

Quando uma flor desabrocha,
Tanta coisa que acontece!
Qual debutar da cabrocha,
Nova beleza aparece.

É tanto esplendor na forma,
Magia, encanto na cor,
Borboleta que a contorna,
O nectário ao se expor,

Com a doçura que entorna,
Pra garbo do beija-flor.
Voam insetos ao redor,
Qual baile de fantasias,

E a beleza ainda é maior,
Ao final das tardes frias.
Mas, também pelas manhãs,
Ao brilhar do sol dourado,

Eu juro que são irmãs,
Pois, tendo o corpo gelado,
Ou o meu peito aquecido,
Não me farei de rogado,

Confesso que estou vencido
Pela gigante beleza,
Do presente oferecido,
Por nossa mãe natureza,
Que ainda não satisfeita,
Deu-nos amor e tristeza.

A tristeza se rejeita,
Segura-se todo o amor,
Sentimentos cristalinos,
Mas! Sem as cores da flor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário