sexta-feira, 26 de julho de 2013

“DAS CAVERNAS AO HOJE, O QUE SOMOS AFINAL?”



               


       Saímos das cavernas, lascamos pedras, caminhamos milhares e milhares de anos, mas ainda não saímos do lugar. Nascemos, crescemos e nos reproduzimos como qualquer outro animal, sem a preocupação dos espaços cedidos ou tomados. Espaços esses, dos quais jamais deveríamos ter nos afastado e outros que, jamais deveríamos ter ocupado.
      Como conseguimos relegar a planos insignificantes a natureza da qual fazemos parte e criar tantos objetos de consumo, capazes de aguçarem a nossa ambição e desnecessários à nossa sobrevivência? Como conseguimos ocupar tantos espaços onde nos eram oferecidos os aromas das flores do campo; o revoar de coloridas borboletas no bater de suas asas; o despertar da aurora nos raios dourados do calor aconchegante; a sinfonia inebriante dos pássaros cantores acompanhada pelo coral de cascatas e rios caudalosos onde, quando em quando, os peixes saltavam; o por do sol tentando pintar de vermelho o longínquo horizonte e finalmente o véu de estrelas cintilantes cobrindo nossos sonhos?
      Acredito que somos a poeira do tempo e no tempo, quando soterramos histórias de ancestrais e permanecemos omissos e insensíveis, às situações de extrema calamidade pública e social, com as quais nos deparamos no dia a dia.
      Guerras que mutilaram e mutilam seres, que ceifaram e ceifam vidas, atrás da égide que buscavam e buscam conquistas ou falsas liberdades. Enterraram sonhos, derramaram o próprio sangue sobre a terra, criaram nuvens de fumaça que roubaram o sereno azul do céu, petrificaram corações e banharam com lágrimas de arrependimento, os sepulcros que eles criaram.
      No complexo Planeta em que vivemos, precisamos nos encontrar e reconhecer nossa utilidade porquanto estamos destruindo, com nossos pés, todas as estradas nas quais caminhamos e, chamando de progresso, a tudo que construímos e inventamos. Estaremos usando a inteligência que recebemos para as devidas finalidades, ou transitamos por estradas que jamais deveríamos abrir?
      Nosso comportamento e atitudes merecem o apoio da mãe natureza, ou estão causando danos irreversíveis a ela e apavorando todos os seus outros filhos? Precisamos rever e reiniciar nossa caminhada, apenas como meros participantes dessa novela da vida, sem preconceitos, sem ambições, mas com amor e respeito. Também, com muita atitude e autocrítica, afinal não fomos premiados com inteligência para ficarmos omissos diante de tantos desmandos, corrupção e criminalidade. Nossa sabedoria é suficiente e deve formar juízes capazes de dar limites, não só às atitudes desrespeitosas, mas também punir devidamente àqueles que enxovalham a nossa sociedade.
      Há de se formar a opinião pública com preceitos de moral, respeito e educação, e arregimentar os cidadãos que realmente representam à vontade do povo, acreditando que seu País é e deverá continuar a ser o símbolo da esperança, onde a ordem e o progresso permanecerão inabaláveis. Porém, esses cidadãos, jovens e estudantes, com a arma do voto em mãos, junto com seus pais, irão às urnas e limparão nossa Pátria de tantas ingerências, tráfico de drogas e de influências, descaso com a infância e a saúde, falta de educação e cultura, livrando-nos de vez da vergonha de ter tantos maus exemplos, para nossas próximas gerações.
      Não haveremos de eleger nenhum dos atuais ocupantes de cargos públicos, do Presidente da República, aos Ministros, Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais, Prefeitos ou Vereadores porque só assim, dando oportunidade àqueles que chegam, talvez com idéias melhores e, quem sabe, dedicados e honestos, mais rapidamente limparemos esta lama que tomou conta de nosso Brasil.
       Uso da palavra enquanto me permitem, pois muitos de nossos jornalistas e comunicadores já foram cerceados do direito de expressão, censurados e afastados de emissoras, num País onde se diz que vivemos a democracia, quando na verdade caminhamos perigosamente para um regime de imposições. A comprovação desse fato é evidente com os exemplos deixados pela vida de cada um desses políticos que figuram na história recente do Brasil.
      Acorde povo brasileiro, acredite, és forte o suficiente e tens nas mãos, as armas indispensáveis para abater esses inescrupulosos que mancham nossa história.

      Com a palavra e o voto nas mãos saberemos expurgar nossa Pátria, livrando-a dos maus exemplos, pois, se assim não fizermos, seremos comparsas ou, no mínimo, irresponsáveis e omissos.