quinta-feira, 31 de março de 2011

À INSÔNIA DO POETA



Condorcet Aranha


Se, tens papel e um lápis extra,
Além da insônia como companheira,
Seja mais forte, não se entregue à mestra,
Mostre nos versos a melhor maneira.

Entre os bocejos pelas madrugadas,
O lápis, extra, grafará sonetos,
Tal qual maestro a compor toadas,
Para exibi-las em lindos coretos.

Então verás que as horas mortas...Vivem...
E que os relógios correm por demais,
Mas, teus sonetos sempre nos exibem,

Tanta beleza em tramas magistrais,
Que nos adoça e até nos escraviza,
Quando na aurora a paz nos preconiza.

terça-feira, 29 de março de 2011

EU FARIA DUAS MAGIAS



Condorcet Aranha

Ao que chamamos “magia”
É doce, encanta e seduz? 
Como fez a virgem Maria
Ao ter seu filho Jesus? 

Se a coisa assim ocorre:
Enxergo estrelas de dia 
Depois da noite de porre. 
Também não será “magia”?

Pago imposto de montão
Sem luz, sem água na pia. 
Pago até o “apagão”,
Isso é uma grande “magia”?

O trabalho e a segurança
Procuro à noite e ao dia,
Porém não perco a esperança,
De ver feita esta “magia”.

Pra começar eu poria
Com a varinha de condão
Num só passe de “magia”,
Muita paz nesse “povão”.

Pra terminar eu faria,
Da honestidade o Messias
Como o Jesus de Maria,
Ser a maior das “magias”. 

domingo, 27 de março de 2011

SONETO DO AMOR PERDIDO




  Condorcet Aranha

Teu sorriso não me engana,
Nem teu olhar me fascina,
És mulher, forte e cigana,
Não és pura nem menina.

Já tens no peito o rancor,
Também a alma marcada,
De quem perdeu grande amor,
Ficando assim, congelada.

Hoje, ao buscar liberdade,
Vivendo em meia verdade,
Cria ilusão pra mais gente,

Sabendo que é só maldade,
Ferir com tal crueldade,
Um coração inocente.

terça-feira, 22 de março de 2011

IMPIEDOSO TEMPO



Condorcet Aranha


O tempo impiedoso me judia e passa...
Remo-o no presente, o passado, e sofro...
Os dias se acumulam e minha tez amassa...
A brisa matutina mais parece um sopro...
O sol do amanhecer já nem tem muita graça...
A alma fica dura, fria e enrijece...
A mente me condena, inquiri e ameaça...
O coração fracassa, nem sequer me aquece...

O tudo que se foi, não há mais quem refaça...
Diluem as esperanças nos rios da verdade...
As ilusões acabam em nuvens de fumaça...
A alma se alimenta com trufas de saudade...
O horizonte afasta e não mais me atrai...
Paixão é fogo brando, nem sequer me arde...
Sonhar é um repente, a seguir se esvai...
Que a noite eterna venha, porém, bem mais tarde...

Embora impiedoso o tal tempo passe...
A derrubar castelos quase indestrutíveis...
Vertendo as ilusões em lágrimas na face...
Parece que há reservas imperceptíveis...
Então, o coração, já quase combalido...
Nos pulsa os versos, tristes, de felicidade...
Por toda alegria de já ter vivido,
Momentos de amor, nas trufas de saudade...

Bebendo nas lembranças o néctar divino...
Contenho a minha sede do desconhecido...
Porquanto se não sei, sequer, o meu destino...
Prefiro me fazer de velho esquecido...
Então, a realidade que jamais demora...
Fará, o tempo e nós, passarmos sem piedade...
Tal qual filete d’água que logo se evapora...
Na busca de um futuro que nem é verdade...
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Concluído o poema, o declamador seguirá declamando apenas as palavras em negritos para conclusão do texto.

domingo, 20 de março de 2011

O TANGO

Autor: Ronaldo Barros 



Condorcet Aranha
  

Seu ritmo sincopado,
Lânguido e atraente,
De modo menor, moderado,
Excita o sangue da gente.

Canto e dança originado,
Nos subúrbios da Argentina,
Fez um povo apaixonado,
Melodia que fascina.

Da milonga, habanera,
E da Europa ele herdou,
A cadência e fez faceira,
A mulher que se quedou.

O binário dos compassos,
É um convite aos casais,
Que depois de alguns amassos,
Dançam tango e tango mais.

Hoje o tango é outro hino,
Da República Argentina,
É social, muito fino,
É fonte de adrenalina.

Se, um tango, nunca dançaste,
Nem de cantar, deu vontade,
Pode crer, que tu deixaste,
Da vida, viver metade.

sábado, 19 de março de 2011

APENAS POETA!



Condorcet Aranha


Poeta é bicho teimoso,
Que nunca foge da luta!
Não sabe ficar ocioso,
Nem sempre é cuidadoso,
Mas nunca, à verdade, refuta.

Detentor da lealdade,
Tem no seu peito a certeza,
Que jamais, vence, a maldade!
Pois, seu coração, invade,
O sentimento de nobreza.

Se, em seus versos, poucos lêem,
Suas frases de protesto!
Outros poucos, nelas vêem,
Por dentro da alma, terem,
Amor pelo manifesto!

Por isso, não somos dois,
O escritor e o leitor!
Muitos outros vêm depois,
Na certeza que tu sois,
Da verdade, o grande ator!

Dinheiro não tem valor,
No pensar de um bom profeta!
Portanto, sentes mais dor,
Que seu povo sofredor,
Por ser apenas poeta!

sexta-feira, 18 de março de 2011

HUMANOS


Condorcet Aranha
                                             
Quem sabe até, pudesse eu encontrar,
Entre as virtudes que, o homem, tem,
Poucas verdades, para acreditar,
Entre as mentiras que com ele vem.

Quem sabe até, vivesse com justiça,
Entre as ossadas, sobras de uma guerra,
Onde urubus em busca de carniça,
Deixam dejetos, pútridos, na terra.

Restos mortais que nem adubam o chão.
Matéria inútil a poluir os mundos,
Emporcalhando a sociedade em vão.
Peitos impunes, corações imundos.

Sobras de vidas, sem razão de ser,
Que entre mentiras se fizeram amar,
Também traíram em busca de lazer,
Acreditando, até feliz estar.

Alimentaram-se do sofrer alheio,
Das ilusões em busca da vitória.
Receberão a surra do arreio,
Sem piedade, no mural da história.

Não vou julgar ao homem, nem o eu,
Nem vou mentir a ele, nem a mim,
Mas questiona-lo é direito meu,
Porque o mundo é quem me fez assim.

Deixo lembranças por instantes, só!
Carrego a alma com felicidade?
Pois se o meu corpo, se reduz a pó!
Porque meus atos são p’ra eternidade?

quarta-feira, 16 de março de 2011

IGUALDADE

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Condorcet Aranha

Não abro mão do fracasso,
Que na vida tanto ensina.
Não jogo fora o bagaço,
Do fruto que me fascina.

Não deixo ao lado do prato
O que bom gosto não tem,
Nem me prendo a um só fato
Pra julgar o amor de alguém.

Alegre, jovem e bonita,
Por meu coração a ter,
Foi razão do meu viver.

Meu olhar que agora a fita,
Não pode nem perceber
Se, é velha e feia ao morrer.

terça-feira, 15 de março de 2011

PAIXÃO


Condorcet Aranha

Paixão, amor incontido,
Doença do coração,
Se, pelo peito é mantido,
Rouba-te até a razão.

É um sentimento espúrio,
Maldoso, se persistente,
Em verdade é um augúrio,
De sofrimento pra gente.

Irracional, sem limite,
Paixão tem fúria irreal,
No jogo do amor é palpite,
Dissipa no vendaval.

Não deve caber no peito,
Que com razão quer amar,
Não deve mudar o jeito,
Das ondas que vem do mar.

Pois ao chegarem na areia,
Da lógica dessa vida,
Todo amor logo rareia,
Na paixão que é consumida.

Por isso tome cuidado,
Se o coração quer mandar,
Pois não conhece a razão,
Da força que o faz amar.

As ondas que vêm do mar,
Com toda força, incontidas,
São como a paixão mandar,
Efêmeras, como as vidas.

sábado, 12 de março de 2011

AMOR ANIMAL



Condorcet Aranha


Amor é como um ratinho,
Perdido dentro do peito.
É ave que perde o ninho
E sai voando sem jeito.

É como a nuvem cinzenta,
Carregada e imprevisível.
Forte vento que arrebenta,
Faz barulho, é invisível.

Parece um sol de verão,
Ao passar do meio dia.
Estorrica o coração,
Nos enche de nostalgia.

É tal qual o anoitecer,
Na montanha, lá no cume.
Sofremos sem nada ver,
A dor do tal de ciúme.

Apesar de ser malvado,
E trazer muito sofrer,
Por que se quer ser amado?
Por que com ele viver?

Rato ou ave em céu cinzento,
Vento, sol ou noite alta,
O amor é o condimento,
Que nossa alma exalta.

Rato rói e a ave canta,
Nuvem cinza e vento forte,
Amor momento que encanta,
Paixão instante de sorte.

O sol forte de verão,
Noite alta na montanha,
Queimam, dentro, o coração,
Na mais suprema façanha.

É o amor todo esplendor,
Paixão, ciúme, sofrer,
Facetas da grande dor,
Sem a qual, não há viver.



















quarta-feira, 9 de março de 2011

FLOR



Condorcet Aranha

Quando uma flor desabrocha,
Tanta coisa que acontece!
Qual debutar da cabrocha,
Nova beleza aparece.

É tanto esplendor na forma,
Magia, encanto na cor,
Borboleta que a contorna,
O nectário ao se expor,

Com a doçura que entorna,
Pra garbo do beija-flor.
Voam insetos ao redor,
Qual baile de fantasias,

E a beleza ainda é maior,
Ao final das tardes frias.
Mas, também pelas manhãs,
Ao brilhar do sol dourado,

Eu juro que são irmãs,
Pois, tendo o corpo gelado,
Ou o meu peito aquecido,
Não me farei de rogado,

Confesso que estou vencido
Pela gigante beleza,
Do presente oferecido,
Por nossa mãe natureza,
Que ainda não satisfeita,
Deu-nos amor e tristeza.

A tristeza se rejeita,
Segura-se todo o amor,
Sentimentos cristalinos,
Mas! Sem as cores da flor.

segunda-feira, 7 de março de 2011

MULHER SAUDADE


Condorcet Aranha                                                                                

                       
Minha vida dividiu-se
Em duas grandes metades,
A primeira guarda o amor,
A segunda as amizades.

Na primeira está guardado,
Dentro dela o nome teu.
Na segunda é misturado,
O restante que é meu.

Perambulo pela vida,
Sem sentido ou sentimento,
Depois da sua partida,
O vazio é meu tormento.

Caminho desprevenido,
Num tapete de lamentos,
Vestindo a blusa apertada,
Tecida com sofrimentos.

Não sei como o coração,
Ainda palpita ao peito.
Não tem sequer sensação,
Ou carrega algum defeito.

Defeito de amá-la tanto,
De não poder esquecê-la,
Ter que olhar num retrato,
Para poder revê-la.

De que me adianta a vida,
Com essa ferida aberta,
Que sangra forte em meu peito,
Quando a saudade me aperta.

Partiste fora de hora,
Deixando-me solitário,
Para viver nosso amor,
Apenas no imaginário.

Espere-me onde estiveres,
Que logo irei te encontrar,
Pois nada que tenho aqui,
Far-me-á de novo amar.
                                                                                                                             
As saudades são tamanhas,
As dores tão sufocantes,
Que os dias, que vivo agora,
Não são como foram antes.

Felicidade, alegria,
Amor sincero e paixão,
São coisas que não me cabem,
Nesse pobre coração.

Resisto e heroicamente,
Esses anos, sem vontade,
Se a vida  não é inteira,
Dispenso essa metade.

sábado, 5 de março de 2011

FOSTE

         

Condorcet Aranha

Como a menina que cresce
E da própria trança esquece,
Que após ser moça fogosa,
E ser chamada gostosa,
Sequer respeito merece,
Porque aos jovens parece,
Somente um elo perdido,
Que deve ser escondido,
Pois trás vergonha, a imagem,
Ao compor a paisagem,
Onde pra eles, beleza,
Espanta qualquer tristeza!
Mas, se esquecem, porém,
Com a falsa idéia que têm,
Que a vida é uma eternidade
E que sofrerão saudade,
Em ver no espelho da idade,
A sua imagem verdade,
Porque também esqueceram
E tanto tempo perderam,
Ao deixar de perceber,
Que a tal menina de trança,
Sem ilusões, ao morrer,
Agora a memória alcança,
Foi sua mãe, singeleza,
Dedicação e tristeza,
Não podendo mais pedir,
Perdão por sua omissão,
Tendo que um dia partir,
Com a chaga no coração.

quinta-feira, 3 de março de 2011

A VOLTA





Condorcet Aranha


      A noite ia alta; as estrelas se derramavam no mar; cada onda era espelhada pelo prateado luar e Arthur, olhando também as folhas das palmeiras que, como ondas, iam e vinham acompanhando a passagem da suave brisa, esperava avistar no horizonte escurecido a imagem de um barco que trouxesse, não os peixes de um pescador fortuito, e sim a sua Jurema.
      Ao lado de Arthur, as companheiras inseparáveis, saudade e esperança, dividiam seus momentos de tristeza e alegria, e a cada onda que chegava à praia, ele somava saudade e subtraía alegria. Sobre as areias brancas seu corpo descansava na incerteza, enquanto nos seus olhos, ora havia o brilho da esperança e ora o brilho do pranto. Porém, nada seria o suficientemente forte para afasta-lo dali porque como as raízes dos coqueiros, o seu amor por Jurema, se aprofundara nas areias.
     Sem saber a razão pela qual ela o abandonara, porque sequer despediu-se e nem mesmo um bilhete deixou, Arthur mantinha viva em seu peito a esperança da volta. Amargando às manhãs com o travesseiro de Jurema ao seu lado, no beiral da janela até o canário que tanto cantava, agora é tristeza e mudo ficou. Ah! Aquela roseira em frente à janela, há mais de três anos não vinga uma rosa sequer. O jardim está seco. As cortinas tão sujas por tanto que as abre em busca de ver, no fim da estrada, ao menos um vulto, que possa manter a sua esperança. Em seu desespero, o grande vazio da partida de Jurema, consome o seu peito, lhe toma as idéias, lhe deixa sem rumo. Por isso pergunta, a todos que passam ao longo da estrada, se viram à princesa dos olhos castanhos, cabelos bem longos mais negros que a noite, de andar tão macio que nem as areias conseguem gravar os seus pés delicados. Apenas o olham, sacodem seus ombros e seguem seus rumos, deixando expressões de rostos surpresos que cravam na alma de Arthur, espadas banhadas no sangue da desconfiança, julgando-o louco, talvez! Não importa o que pensam, quem sabe algum dia alguém lhe responda e diga que Jurema chegou lá na praia de braços abertos, sorriso nos lábios, chamando por ele.
     Por dias e meses, por anos seguidos de espera, Arthur se curvou ao peso da idade e agora, apenas o seu pensamento consegue chegar à beira do mar, as ondas nas rochas de espumas tão brancas, desmancham na praia de sua imaginação.
     A cortina apodreceu e despencou da janela, o canário morreu e a roseira também. O mato cresceu e tomou o jardim, mas não tomou a esperança de Arthur que, debruçado à janela, pergunta a todos que passam se viram a princesa de olhos castanhos, cabelos bem longos mais negros que a noite, de andar tão macio que nem as areias conseguem gravar os seus pés delicados. E todos respondem: Não vi seu Arthur! Porém se a vir lhe trago a princesa de volta. Arthur agradece, seus olhos brilham, uma lágrima escorre por suas rugas e se perde, mas ele não perde a esperança de que Jurema voltará. À noite, deita em sua cama e fica acariciando a areia da praia que colocou numa caixa de madeira à sua cabeceira, quando ainda podia andar, até que o sono lhe arrebate.
     O tempo não para, castiga ao Arthur que agora nem pode chegar à janela e, abraçado ao travesseiro de Jurema, pergunta se viram a princesa de olhos castanhos, cabelos bem longos mais negros que a noite, de andar tão macio que nem as areias conseguem gravar os seus pés delicados. Apenas Judith, que cuida de Arthur, lhe responde: Disseram que a viram chegando na praia e logo virá para vê-lo. 
     Arthur não responde, somente uma lágrima escorre nas rugas e some na cama.
     Ciente de que Arthur terá pouco tempo, Judith localiza Jurema e conta-lhe toda a sua vida. Também consumida pelo tempo, Jurema resolve ir até Arthur para conforta-lo. Ao chegar em sua casa, relembra o jardim agora tomado pelo mato, não há mais roseira e nem cortina na janela, tudo se foi. Mas, ela pensa, ainda resta a esperança em sua alma e minha presença lhe trará a tranqüilidade que precisa neste momento. Chega até a cabeceira da cama, coloca-se à frente de Arthur e diz-lhe: Arthur! Sou eu, Jurema, voltei!
     Olhando-a com indignação, ele responde: Por favor, tire os sapatos e pise na caixa de areia. Sem entender o que ele queria, Jurema resolve fazer sua vontade.
Pronto, pode sair. Olhou na areia e viu as pegadas profundas de Jurema, voltou seu olhar para ela e repreendeu-a: Sua impostora, eu vou ao encontro da minha princesa de olhos castanhos, cabelos bem longos, mais negros que a noite, de andar tão macio que nem as areias conseguem gravar os seus pés delicados. 
      A seguir suspirou profundamente e partiu. 
     
      
       
     
  
       

terça-feira, 1 de março de 2011

ENTRETANTOS



Condorcet Aranha
   
Entre tantos entremeios eu me entrego aos trancos,
Trazido por tristezas, todas toleradas,
Talvez por ser, também, um toleirão dos francos,
Trancado nas tormentas já vivenciadas.

Torcido totalmente por espertos truques,
Trafego em timidez, terrível, transgressiva,
Tocando um tamborim, trincado, nos batuques,
Da trama e da tendência, torpe e progressiva.

Transpiro as tais ternuras que transfiguradas,
Traspassam a tez e trazem a imagem deste traste,
Talhado por torturas, todas tituladas,
Com típica tendência para ser contraste.
Por bombas, “tsunamis”, terremotos, 
Na droga desta terra, tão torpedeada,

Talvez a droga d’hoje, qu’é tão desejada,
Não fosse responsável pelos tantos mortos.

No turbilhão terreno, os jovens turbinados,
Traficam, tomam drogas, tresloucados,
E terminam, pelas leis, terceirizadas,
Antecipando o fim de suas tenras vidas. 

Tememos, na tranca do futuro desta Terra,
No ritmo em que a violência agora toca,
Um fúnebre cortejo e que enterra,
Não gente! A esperança... Isto sufoca. 

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O uso indiscriminado de palavras que possuem a letra “t”, não foi um acaso, nem tampouco uma tese, mas uma técnica no trabalhar o texto...”Tá” ?!