terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A VERDADE DE VOCÊ

Condorcet Aranha



Busquei em livros, perdido,
Palavras de muitos sábios.
Mas nunca tive a verdade,
Que me soltaste entre os lábios.


Meu coração tão sofrido,
Magoado, todo partido,
Jamais pensou escutar,
Alguém dizer-lhe querido.


Em minha vida, ao chegares,
Já do amor esquecido,
Tu me acordaste no peito,
Um gigante adormecido.


Adormecido porque.
Dando tudo em troco nada.
Levou em meio a cabeça,
Uma tremenda pancada.


Uma pancada da vida,
Das pessoas, do amor.
No calicromo do mundo,
A mentira não tem cor.

Pois se cor ela tivesse
E então a gente a visse,
Talvez no mundo de agora,
A gente nem existisse.


Hoje sou, existo e quero,
Pois alguém me olha e vê,
Sinto a paz e o amor, até,
Resultados de você.

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Esta poesia é muito antiga, provavelmente não teve nenhum tipo de revisão e para os críticos literários, nesta época o poeta exercia sua outra profissão de Pesquisador (Botânico).

2 comentários:

  1. Gostei muito do teu modo de compor os versos, Aranha. Traduz uma força interior muito grande, que emana de cada frase bem construída. Os poetas sabem um do outro. Deixo aqui minha admiração pelo teu talento. Sucesso para ti, poeta!

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  2. O poeta sabia e sabe da finalidade da nossa existência. somos o que somos quando nos encorajamos a sermos, ou somos o que os outros nos desejam, porque somos a mentira de nós mesmos.
    Muito bom .
    Com respeito
    Rita Lavoyer.

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