quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

PERDÃO

Condorcet Aranha                            

Sob a luz intensa do raiar do dia,
Eu inda chorava aquela madrugada,
Quando absorto numa louca orgia,
Nem me apercebi do quanto te enganava.

Tive o sol na mente, por faze-la triste,
Tive o sol no peito, pelo amor que existe,
Tive o sol na face, por seu dedo em riste,
E tive o sol na mão, quando me sorriste.

O fervor que veio à minha mão, à palma,
Apertei no peito, pra queimar-me a alma,
Pelo desrespeito por causar-te um trauma.

Mas o teu sorriso, ao doa-lo a mim,
Voto de perdão, de paz, paixão enfim,
Foi pra eternidade, um amor sem fim.

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