quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

SÓ POR UM DIA + VERSOS DIVERSOS



ONDE TUDO COMEÇOU





Em 1999, Condorcet começou a escrever todos os dias e incentivado pela esposa e seus filhos, resolveu testar seu dom inscrevendo no concurso APEIJAS Associação de Poetas e Escritores Independentes de Jaraguá do Sul com a poesia "Só por um dia" que obteve o 1º Lugar recebendo medalha de ouro e participação na Antologia "Poetando e Contando".

SÓ POR UM DIA  
                                                
Quem julga ter nas mãos a felicidade
Ou só de longe sonha com amor eterno,
Quedar-se-á dessa mentira ou doce vaidade
E ingressará, não no céu e sim no inferno.

Perceberá que  cada dia tão sonhado e lindo,
Que cada, abraço,  beijo de tantos momentos
E cada palavra meiga que o deixou sorrindo,
Eram incertezas, nunca verdades, se perderam aos ventos.

Aqueles dias, tão chegados e de amor explicito,
Palavras francas em lábios a roçar ouvidos,
Clamores de desejos pelos lábios ditos,
Foram  injúrias, disfarces, eram rugidos.

Anos se passam e as verdades chegam,
Mentiras partem e o amor dilui,
As alegrias, como o amor, também
E pelas dores, faz-se apenas “ui ”.

Mas caminhamos e sempre firmes,
Buscando ao fim, no mais fatal dos dias,
Onde, talvez até encontre novamente,
Não o amor, mas alegrias.

Também o que seria dessa vida chata,
Se até o amor pudesse se curtir ?
Pensar-se-ia, ser o homem a grande nata,
Chorando no fatal dos dias, não querendo ir.

Com a certeza e a dor que amarga e une,
Evidencia que ao passar da vida,
Foi mau aluno, pecador impune
E que até chamou-a de querida.

Já descobertas, embora a tempo, em vão,
Empilhará as falhas, dessa vida, ingratas,
Atirando-as, ao grande lixo da desilusão,
Para o futuro preparar-lhe “erratas”.


Seria até maior, a dor dessa desilusão,
Se, caminhando na amargura mentirosa,
Sentisse ao peito o palpitar de um coração,
Cujas mentiras o mantivesse prosa.

Mas não se sinta, nunca amargurado,
Jamais também, se alegre dessa vida,
Pois certamente se um dia, foste amado,
Também é certo, só um dia, é o da partida.







Em 2001, o poeta Condorcet Aranha, iniciou sua vida Literária lançando o seu primeiro livro Versos Diversos foi a partir daí que ele começou a participar de concursos, onde alcançou resultados inesperados para um iniciante, pois teve que romper diversas barreiras devido a sua formação que não era da Literatura.
Dos 70 concursos dos quais participou em 2001, nas categorias poesia, contos e crônicas, Condorcet Aranha recebeu 52 premiações e uma menção honrosa em Portugal. Em 2002, foi um dos 12 autores brasileiros selecionados pelo Prêmio Literário Internacional Marengo D'Oro. A comissão do júri, formada por intelectuais de Gênova, Firenze, Milão e Roma, na Itália, considerou o trabalho de Aranha, "Versos Diversos" (poesia), como o quarto melhor na classificação geral do evento, que premiou autores nas categorias verso, prosa e ensaio de comunidades de língua portuguesa, castelhana, francesa e inglesa.

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