quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

PRESÉPIO DA VIDA




Condorcet Aranha


Uma casa de sapé,
José, Maria e Jesus,
Sem cuidados, sem conforto,
Sem água, também sem luz.

Nos corações, esperanças,
Depositam em Jesus,
Que ficará nas lembranças,
Com as mãos pregadas na cruz.

Simbolizando o fiel,
Dos homens o mais perfeito,
Quando desceu lá do céu,
Venceu o mundo a seu jeito.

Na vida plantou amor,
Dividiu todo o seu pão,
Sofreu sem sentir a dor
E a todos deu sua mão.

Implantou em muitas mentes,
Dessa enorme humanidade,
Que só o bem é presente,
Vencendo qualquer maldade.

Seu ideal muito nobre,
Merece o nosso louvor,
O resultado foi pobre,
Mas tem de nós o amor.

Edifícios de concreto
José, Maria, Jesus,
Com cuidados e conforto,
Muita água e muita luz.

Nos corações esperanças,
Depositam em mil “Jesus”,
Que ficarão nas lembranças,
Com as mãos pregadas na cruz.

Simbolizando aos fiéis,
Dos homens, os mais perfeitos,
Terão um lugar no céu,
Obtido, em seus direitos.

Por só plantarem o amor,
Dividirem o próprio pão,
Não exprimirem a dor
E a todas mãos, dar a mão.

Implantaram em muitas mentes,
Dessa enorme humanidade,
Que só o bem é presente,
Vencendo qualquer maldade.

O ideal muito nobre,
Terá o nosso louvor,
O resultado bem pobre,
Merecerá nosso amor.

Seja a casa, de sapé,
Ou de concreto o edifício,
Ficar na ilusão, bom não é,
Quero ver o benefício.

Crimes e guerras, presentes,
Do passado e do futuro,
Fazem e farão sofrer, gente,
Isso eu garanto, é seguro.

No presépio dessa vida,
Nos sapés ou nos concretos,
Da mente livre, incontida,
Seremos sempre objetos.

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