segunda-feira, 1 de agosto de 2011

GRANDE IDÉIA


Condorcet Aranha


Eis que de repente: tudo se apaga,
Nada se percebe ao entorno da imagem,
Apenas um sentido, domina, nos afaga,
É como se chegasse ao fim de uma viagem,
Aflora a emoção e a mente não divaga.

Eis que de repente: o corpo não existe,
O coração não pulsa, o sangue não circula,
Apenas a imagem do início é que persiste,
De resto, nada resta, se resta a gente pula,
Porque a própria mente é fixa, insiste.

Eis que de repente: até o tempo pára,
Não há sequer passado, futuro ou presente,
Porquanto na imagem a coisa se escancara,
É lógica, é razão, um dom onipotente,
Porque tudo na vida da gente se aclara.

Eis que de repente: o problema é solução,
Óbvia a imagem e notória a evidência,
Tudo se resolve com eufórica emoção,
Vencendo o impossível, com base na ciência,
Deixando no passado a falta de opção.

Eis que de repente: a novidade estréia,
Supera a incerteza, crença e verdade,
Destrói conceitos, leis... É a odisséia,
Vislumbre que resulta em felicidade,
Sobeja, insuperável, é a grande idéia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário