terça-feira, 31 de maio de 2011

FANTASIAS - ALPAS XXI

 

O TEMPO PASSA EM CADA VERSO DO POEMA

Condorcet Aranha

O tempo passa em cada verso do poema,
Enquanto crio nas imagens emoção,
Porque não posso expressar dentro do tema,
Insegurança nem sequer uma ilusão,
Pois sou poeta da verdade, pura, extrema,
E só libero o interior do coração.

Sinto as palavras percorrerem as minhas veias,
Usando o tempo que na vida eu vou gastar,
Para arrumá-las nos meus versos, em suas teias,
E conseguir aos meus leitores segurar,
Pra que as horas ao passarem fiquem cheias
De esperanças e de amor. Para alegrar!

É nesta busca prazerosa e até frenética,
Que vou somando cada verso do poema,
Também cuidando do perfil e da estética,
Pra não criar no meu leitor mais um dilema,
Mas sim lhe dar uma leitura que patética,
Desperte a alma no esplendor de nova cena.

Talvez consiga, enquanto o tempo me envelhece,
A experiência necessária e o saber,
Suficientes pra ofertar a quem merece,
A singeleza de uma aurora, o alvorecer,
Ou mesmo a noite escura e eterna, a quem padece,
Na paz sublime sem temor, ao fenecer.

Assim persisto na procura de razões,
Entre as palavras, versos, textos, poesias,
Que justifiquem nos momentos emoções
De alegria, pranto, risos, nostalgias,
Os sentimentos que desgastam corações,
E chegam ao auge terminando nossos dias.



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