terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

NATUREZA PRÓDIGA



A natureza pródiga esqueceu de que,
O homem este animal pseudo-racional,
Seria seu algoz, pois incapaz de ver,
Que é dependente nato do manancial,
Compete desleal com os demais viventes,
Buscando para si vantagens, do total,
Alheio às prioridades dos que estão presentes.

A natureza pródiga esqueceu então,
De dar limites claros para este vilão,
Capaz de tapear até o próprio irmão,
Para ficar de posse do maior torrão,
E ter poder e rédeas sempre em suas mãos,
Levando o oponente para escravidão,
Sem ter amor ou mesmo, a tal de compaixão.

A natureza pródiga esqueceu também,
Que junto às ingerências deste homem vem,
Castigo para todos que culpas não teem,
Mas sofrem as conseqüências, sabem muito bem,
Pois sentem suas carnes irem para o além,
Enquanto suas almas vagam e ficam sem,
Vontade, amor ou fé de incorporar alguém.

A natureza pródiga esqueceu enfim,
Que existe homem bom não é só o ruim,
E dar uma opção era possível sim,
Àqueles que labutam contra o triste fim,
Por isso não concordo com a fúria assim,
A destruir sem dó até um querubim.
A natureza pródiga esqueceu de mim?

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