domingo, 17 de julho de 2011

MEU NOME ? VÔ !


Condorcet Aranha


 A vida? Chegando ao fim.
Alegria? Insiste em vir.
Amor? Dor? Saudade enfim!
Querem comigo partir.

Desde o dia em que chegastes,
Nunca mais pensei na morte,
Recuperou meus desgastes,
Fez-me crer, que era forte.

Foste entrando no meu peito,
Sem sequer saber pedir,
Apertaste-me no leito
E mal me deixou dormir.

De madrugada, acordado,
Contemplo e velo teu sono,
É como um sonho dourado,
No qual eu sou o teu dono.

Perfeita é a natureza,
Ao nos dar tudo que tem,
Quando se vai a tristeza,
Outra alegria nos vem.

Alegria de você,
De quem estou à mercê,
Poder histórias contar,
E tê-lo pra me escutar.

Você que nem lembro o nome,
Que de minha mente some,
Mas é tão grande o afeto,
Que apenas te chamo: “neto”.

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