sexta-feira, 1 de julho de 2011

DESEJO


Condorcet Aranha

Olhando a linda silhueta de teu corpo,
Gravada no azul do céu, sobre montanhas,
Senti dentro do peito um coração já morto,
Vencido por descrenças, dentro das entranhas.

Sem ter como vencer o sentimento estranho,
Que inibe minha força de sair pra luta,
Querendo descobrir com que ação eu ganho,
Você no azul do céu, mudando-me a conduta.

Não vou desperdiçar a juventude em vão,
Irei alimentar as esperanças sim,
As teias do amor, teu peito envolverão,
E a silhueta linda, vai chegar a mim.

Então as nossas vidas ao somar só uma,
Irão gravar no céu, no seu azul, o par,
Que deslizando leve sobre a branca duna,
Dirá às ondas verdes, vale a pena amar.

Amar com plenitude, um sentimento forte,
Amar sem preconceitos, sem cuidados mesmo,
Doando-se inteiro como o vento norte,
Que as folhas secas lança, sem destino, a esmo.

Se as silhuetas lindas só formarem pares,
Doando sentimentos puros de verdade,
Crescendo às centenas, ou melhor, milhares,
A ilusão é morta e o amor saudade.

Um comentário:

  1. Sou uma grande admiradora da obra do Escritor
    Condorcet Aranha , tanto na poesia como na prosa, ou textos para uma boa reflexão!
    Aqui serei uma seguidora,
    Efigênia Coutinho

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