domingo, 26 de junho de 2011

AMOR, RAZÃO DE VIVER?


Condorcet Aranha
                                    
Amor sentimento estranho,
Que quando é correspondido,
Nos dá impressão de ganho.
Mas caso não se conquiste,
Nos parece ter perdido,
Como o adeus, quando partiste.

Porém se há esperança,
Dentro ao peito apaixonado,
Volta-se a ser criança.
Deixa-se a mágoa de lado,
Recupera-se a auto-estima,
Damos a “volta por cima”.

Procura-se um novo amor,
Trata-se das feridas,
Enterra-se toda a dor.
Recomeçam novas vidas,
Ungidas de novo amor,
As outras ficam esquecidas.

Se o amor é passageiro,
No coração que o transporta,
A lembrança é do primeiro.
Os outros são, com freqüência,
Os que lhe batem à porta,
Sem nenhuma conseqüência.

Por isso é que lhes pergunto:
Amor é razão de viver?
Quão difícil é esse assunto!
Como vão me responder?
Que o homem procura amor,
Pra amenizar sua dor?

Ou será que ele está,
Perdido nos sentimentos,
De amores os mais diversos,
Que cria a todos momentos,
Através de tantos versos,
Sem ter comprometimentos?

Nenhum comentário:

Postar um comentário