sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O SER POETA


Condorcet Aranha

O ser poeta é perfumar palavras,
Com a fragrância de um milhar de flores,
É ter paixão envolta em suas lavras,
E dividir-se igual aos seus amores.

O ser poeta é qual buquê de estrelas,
A salpicar o céu da ilusão,
Pra quando a lua aparecer e vê-las,
Você sentir pequeno o coração.

É ter palavras doces e serenas,
Para embalar o sonho em noite fria,
E de manhã que a brisa vem amena,
Banhar-se ao sol, calor de um novo dia.

O ser poeta é ver as esperanças,
Multiplicando ao longo da existência,
É ficar velho em almas de crianças
Mascando balas só de coerência.

O ser poeta é quem o verso faz,
Na intimidade de uma alma louca,
Acreditando que há de ver a paz,
Embora saiba que a chance é pouca.

É insistir em só falar verdade,
Não aceitar estar sentindo dor,
Acreditar na tal felicidade,
Distribuir a todos seu amor.

O ser poeta nunca aceita o fim,
Seu horizonte é interminável,
Se me perguntam o que farei de mim!
Serei poeta! Não é formidável?

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