sábado, 23 de novembro de 2013

ECOS DA NOITE



                       
Novos tempos nos dominam,
Com ecos da noite horríveis,
São sons fortes, nos irritam,
Apavoram, imprevisíveis.

Apitos na madrugada,
Que usam guarda-noturnos,
Pra coisa só ser furtada,
No intervalo dos turnos.

Jovens bêbados, drogados,
Berrando palavras nuas,
Carros loucos, disparados,
Cantando os pneus nas ruas.

São mesmo ecos modernos,
Rádio estoura aos decibéis,
Na porta dos tais infernos,
Onde há droga e coronéis.

E a polícia que devia,
Defender nossos direitos,
Porque se omite e desvia,
Vantagens pra seus proveitos?

Mas são esses os novos ecos,
Que devemos suportar,
Saber que somos bonecos,
Dos que vão nos comandar.

Entre eles nossos filhos,
Poderão se encontrar,
E embora fora dos “trilhos”,
Teremos que perdoar.

Um comentário:

  1. Olá Antonio, infelizmente o poeta Condorcet Aranha não está mais entre nós, sou filho dele e mantenho o blog na ativa, pois há muita coisa para ser publicada, caso encontre erros de ortografia e concordancia, peço-lhe desculpas, pois não tenho condições de corrigir os textos, até mesmo por não querer interfirir no trabalho do meu pai. Mas fico feliz em saber que gosta do blog!

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