quarta-feira, 20 de março de 2013

NA DECADÊNCIA DO SER, PARTIR POETA.


 

 

Perde-se a humanidade nas fronteiras do progresso,
Na busca dos conceitos que consagre o mais moderno,
Pra ver o seu orgulho e prepotência no sucesso,
Pois, julga e se compara aos preceitos do Eterno,
Tentando ser maior e esquecendo do decesso,
Inevitável marco que separa o céu do inferno,
Enquanto, se exibe, na razão do réu confesso,
Deixando, na existência, a perder-se o que é fraterno.

Perdida nas delícias do que é mais vantajoso,
Exibe o poderio dos seus bens materiais,
Sentindo-se maior sob o olhar do invejoso,
Mas, sendo na verdade, o pior dos animais,
Mostrando o seu caráter altamente presunçoso,
Vivendo neste mundo, de consensos virtuais,
À margem da verdade em que o amor é tão gostoso,
Ao ser compartilhado com irmãos e nada mais.

Então qual o futuro para os “nobres cidadãos”,
Corruptos, descrentes, desonestos, criminosos?
O Paraíso eterno nas delícias do perdão?
O Inferno em labaredas por seus atos cavilosos?
Meu Deus! A humanidade só me deixa uma opção,
Morrer envergonhado, entre tais perniciosos,
Reconhecer que foram companheiros e irmãos,
Ou só partir poeta, longe dos audaciosos?




(Após a leitura do poema, o declamador concluirá o texto declamando apenas as palavras em negritos).




Nas fronteiras do progresso,
O mais moderno sucesso do Eterno,
Ser maior que separa o céu,
Na razão do réu que é fraterno.

É mais vantajoso, seus bens materiais
Sob o olhar dos animais, o seu caráter,
Neste mundo consensos virtuais?
O amor é tão gostoso ao ser compartilhado,
Nada mais...


Para os “nobres cidadãos” descrentes,
Delícias do perdão?
O inferno em labaredas?
Meu Deus, uma opção!
Morrer envergonhado, reconhecer irmãos,
Partir poeta.

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