Abra o peito e a janela, deixe entrar a natureza,
O ar puro, o sol e veja, da paisagem a beleza.
Desfrute em cada dia, do calor, da brisa e chuva,
Pois no ocaso da vida, servir-te-ão como luva.
O calor nos faz nervoso, a brisa é quem nos acalma,
O frio trás paciência, a chuva nos lava a alma.
A luva que te vestir, a mão já encarquilhada,
Será co’a razão da vida e não exemplo de nada.
O sol que queimou a tez, amorene o teu pensar,
Engrosse-te a pele d‘alma, te dê razão ao chorar.
E a brisa que arrancou, dos teus cabelos a cor,
Não leve com folhas secas, do coração seu amor.
O ar puro respirado, por muitos anos seguidos,
Tenham te revigorado e não apenas sumido.
Pois parte fica, contido, no peito com ilusões,
Para ainda acalentar, muitos outros corações.
Se, alguém chegar, com frio e em ti buscar alento,
Com palavras, o acoberte e ponha calor no vento.
Das paisagens curtidas, que te ficaram na mente,
Herdas-te bastante cor, para brindar essa gente.
Dê-lhes só as alegrias, que pelo tempo juntou.
Tristezas, desilusões, a razão já carregou,
Portanto persista firme, ao fim de sua existência,
Mostrando com paciência, que aprendeu a ciência.
Quando então, do sol, o brilho, para ti não for intenso,
O ar puro te faltar e a paisagem sem senso,
Sua mão já sem espaço, pra mais um encarquilhar,
Também não terá mais força, para aqui, te segurar.
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