No vale, entre teus seios,
Beijei suor das entranhas
E acalentei meus anseios,
Como um rio, entre as montanhas.
Mas da chuva que caía,
Controlei a intensidade,
Pois quanto mais me aquecia,
Maior a felicidade.
Ao crescer meu desespero,
Busquei teu interior,
Pois lá estava o tempero,
Do prato do meu “amor”.
Mas durante a refeição,
Mastigando a tal verdade,
Senti que além da afeição,
Sequer teria saudade.
Sem pensar em sobremesa,
Cheguei ao maior prazer,
Por ver-te assim indefesa,
Objeto de lazer.
Foi com um simples movimento,
Que desliguei o chuveiro,
Deixando frio um momento,
De quem nem era parceiro.
A mesa que nem foi posta,
Pra servir tal refeição,
Nos mostra que somos bosta,
Sem alma e sem coração.
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