domingo, 1 de janeiro de 2012

LEMBRANÇAS QUE O PEITO APERTA



Condorcet Aranha


Arranjam-se as lembranças que se sobrepõem,
Nas prateleiras vagas que o tempo oferta,
No aguardo das saudades que nos recompõem,
Nas horas de angústia em que o peito aperta.

São, no presente, as passagens do passado,
Que no futuro, certamente, voltarão,
A confortarem, o coração, já tão magoado,
No qual não há mais um espaço pra ilusão.

Lembrar somente de um sorriso que partiu,
Ou das palavras inocentes que deixou,
Não criam casca nesta alma que feriu.

Perdoe Deus se minha fé agora esvai,
No descompasso desta vida aonde estou,
Porque aquele que levaste!..Fez-me pai.

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