Canta aqui no meu quintal,
Um saudoso sabiá,
É ave que aqui gorjeia,
Tal qual gorjeia a de lá,
Muda a planta em que aninha,
O espaço que ele tem,
Não muda a saudade minha,
Por ter perdido o meu bem.
Hoje, no quintal, se esgueira,
Pois de cantar não cansou,
Procurando a companheira,
Pois, seu deus não a levou.
Seu canto de amor brejeiro,
Num fino ramo a dançar,
Trás a fêmea em seu poleiro,
Para um novo acasalar.
Queria que os cantos meus,
Estivessem onde ele está,
Eu queria que o meu deus,
Fosse o deus do sabiá.
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