Minh’alma é o alfabeto que me permite o versejo,
Pequenas lascas são letras, com as quais formo palavras,
Expressando sentimentos, verdades puras, cifradas.
Pelo tempo, espaço e vida, vou me alfabetizando,
Melhoro, seguidamente, as lascas do meu versejo.
É por meio da expressão que estou me qualificando,
Co’as orações que, nem mais procuro, já vejo.
Enquanto, o tal tempo passa, maturando minha alma,
Vou compondo poesias, prosas, trovas e sonetos,
Pois, com eles, a verdade, me alegra e acalma.
É certeza de que exponho o amor na minha palma,
Garantindo meu futuro, pra fugir de qualquer trauma,
E alcançar os meus desejos, sem estar nos esqueletos.
Agora alfabetizado, percebi que não sei ler,
Pois, as letras que conheço, formam orações sem sentido,
Com verdades, mentirosas, que insistem em carcomer,
Esperanças destruídas pelo tempo já vivido.
O amuleto, apodrecido, antes de amadurecer,
Jogou-me nos esqueletos, sem, sequer, ter percebido,
Que a verdade inconseqüente, na mentira do viver,
Será pó ou talvez cinza, do alfabeto esquecido.
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3º Lugar - Academia Cachoeirense de Letras – V Concurso Newton Braga de Poemas
7º Lugar - Prefeitura Municipal de Chapecó – Fundação Cultural Chapecó – II Concurso Nacional de Literatura de Chapecó – Categoria Conto e Poesia
Coletânea: Revista da Academia Cachoeirense de Letras – Ano XIX – Nº 19
Menção Honrosa - Academia de Letras e Artes de Araguari
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