Eu sei! Um dia, terei que deixa-la,
Vencido e com as marcas do tempo,
Querendo em meu colo senta-la,
Imerso em sofrer, dum momento,
Cruel, sem poder nem beija-la.
Eu sei! Não posso esse dia evitar,
Sem forças sequer pra abraça-la,
Querendo uma frase encontrar,
Pedindo perdão e escuta-la,
Dizer-me! Só sei te amar.
Eu sei! É como o final de uma estória,
Em que o enredo acabou,
Não há mais lugar pra vitória,
Eu tenho que ir e, eu vou,
Ficando na sua memória.
Eu sei! Passei toda a vida na busca,
De um dia encontrar numa arte,
Que agora a vista me ofusca,
Fugir dessa mais triste parte,
Que a mente até hoje rebusca.
Eu sei? Se o amor é uma coisa engraçada,
Que o peito da gente domina,
Por toda uma vida passada,
Machuca, judia e fascina...
Eu parto, levando nas mãos o meu nada.
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