Sou ser e me investigo nos degraus dos anos,
Suponho em cada tempo como ser capaz
De achar a solução pra sonhos tão insanos,
Brotados inocentes, na mente pervicaz,
Que me há de ser gentil ao fim dos desenganos.
Sou presa de ilusões, bastante enigmáticas,
Que buscam em mar aberto, o esplendor da paz,
Mas perdem-se, nas praias, axiomáticas,
Ungidas pela areia que a razão me trás,
Porque alguém criou, marolas matemáticas.
Assim vou refletindo idéias que geradas,
Por ancestrais inócuos, como sou agora,
Um ser perdido em sonhos e idéias empilhadas,
A construir meus cúmulos, antes de ir embora,
Sem soluções bem claras, nem sequer veladas.
Mas vou deixar ao mundo, colunas verdadeiras,
Que erigi no tempo, com minhas ilusões,
No decorrer do ser, fiéis e companheiras,
Amálgamas de sístoles, em certos corações,
Que indagam como eu, das horas derradeiras.
Mas todos desenganos ficarão contidos,
Nos cúmulos do ser, enquanto o fim espera,
Com todas ilusões dos tempos que perdidos,
Tentastes entender e como eu és fera,
Há muito abatida, por ideais fingidos.
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