Condorcet Aranha
Quando a voz da experiência
Cala-se pela vergonha,
É o homem que em decadência,
Volta a crer na tal cegonha.
Alegra-se novamente
com os folguedos das crianças,
Porque a mente já doente
Não lhe cria as esperanças.
Transformado pela vida
Num rejeito de matéria,
Teve a alma consumida
E dilatada as artérias.
Portanto as poucas batidas,
Que lhe restam ao coração,
Não mais serão entendidas,
Nem causarão sensação.
Estando escravo da mente
Nas correntes do destino,
É um verdadeiro indigente
A cometer desatinos.
Pois, só na hora fatal,
No momento do adeus,
Será seu prêmio final
Ao perguntar: Quem é Deus?
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