Condorcet Aranha
O poeta quando escreve,
É a mais pura inspiração,
Seu instinto é quem prescreve,
Remédios pro coração.
Cada verso que compõe,
Leva à alma a sensação,
De uma paz que não se impõe,
Mas se doa com a emoção.
É o artesão da verdade,
Pois não se rende ao cabresto,
Fala de amor e saudade,
Para ilustrar o seu texto.
É um peito que vive aberto,
Sem medo, inveja ou anseio,
Mas com as palavras por perto,
Cria versos de respeito.
Fala da vida e da morte,
De traição e amor,
Fala do azar e da sorte,
Da alegria e da dor.
Do que é feio ou é belo,
Do céu, da terra e do mar,
Do que é perfeito ou flagelo,
Também da mata e luar.
Vive esperanças do agora,
E saudades do passado,
Perde ilusões, vai embora,
Na plena paz do finado.
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