Novos tempos nos dominam,
Com ecos da noite horríveis,
São sons fortes, nos irritam,
Apavoram, imprevisíveis.
Apitos na madrugada,
Que usam guarda-noturnos,
Pra coisa só ser furtada,
No intervalo dos turnos.
Jovens bêbados, drogados,
Berrando palavras nuas,
Carros loucos, disparados,
Cantando os pneus nas ruas.
São mesmo ecos modernos,
Rádio estoura aos decibéis,
Na porta dos tais infernos,
Onde há droga e coronéis.
E a polícia que devia,
Defender nossos direitos,
Porque se omite e desvia,
Vantagens pra seus proveitos?
Mas são esses os novos ecos,
Que devemos suportar,
Saber
que somos bonecos,
Dos que vão nos comandar.
Entre eles nossos filhos,
Poderão se encontrar,
E embora fora dos “trilhos”,
Teremos que perdoar.